Secretaria de Aviação Civil anuncia construção de mais um aeroporto

Aviação Civil anuncia construção de mais um aeroporto no lugar de um aeroclube

   A Secretaria Nacional de Aviação Civil anunciou que a Ariquemes (RO) vai receber um aeroporto próprio. O objetivo com a construção é que a cidade passe a receber voos comerciais de outras regiões do Brasil. O aeroporto deve ser construído no local onde hoje funciona o aeroclube da cidade e vai custar cerca de R$ 30 milhões.

   O anúncio foi feito esta pelo secretário nacional da aviação civil, Dario Rais Lopes, durante visita no aeroclube. Na ocasião, ele explicou que a obra deverá custar aproximadamente R$ 30 milhões.

   " - Ariquemes tem uma desvantagem em relação das outras cidades. Aqui nós ainda não temos as licenças ambientais. Qualquer pessoa que falar que vai mexer, vai alargar a pista ou alguma coisa rapidinho, vai estar mentindo", explica Dario.

   O complexo do novo aeroporto deve ter um terminal com 11.000 m² e terá capacidade para atender 150 mil passageiros por ano. Também será feito um pátio de aeronaves, instalações para bombeiros e comunicação aeronáutica.

   Recentemente foi finalizada uma obra de recapeamento e pintura da pista atual. Segundo o. Departamento de Estradas Rodagens (DER), a obra de balizamento noturno deve começar agora em abril.

   O diretor geral do DER, Ezequiel Neiva, disse que o balizamento na pista atual não deve ser desperdiçado quando a pista receber o alargamento anunciado pela SAC.

   " - O balizamento nós não vamos perder. A única coisa que vai ser feito com nosso balizamento quando for aumentar a pista é alargar ele. Não vamos ter prejuízo", enfatiza.

   O presidente da Associação Comercial e Industrial de Ariquemes (Acia), Francisco Hidalgo, conta que a cidade perde investimentos econômicos por não ter um aeroporto comercial. "Com a viabilidade de ida e vinda, seja de empresários ou turistas, nós vamos enriquecer muito a nossa região gerando divisas e empregos", argumenta.

   Outras obras de construção de aeroporto em Ariquemes já foram anunciadas em anos anteriores. Em janeiro de 2013 o governo do estado chegou a anunciar a construção de um novo aeroporto, mas a obra nunca aconteceu.



Foto tirada do Google Maps

Lages proíbe voo livre no Morro

Lages proíbe voo livre no Morro da Cruz por risco a Tráfego Aéreo

   Os voos de parapente estão proibidos no Morro da Cruz, em Lages. A justificativa da Defesa Civil do município é que os saltos colocam em risco o Tráfego Aéreo do Aeroporto Federal Antônio Correia Pinto de Macedo. A medida tem causado polêmica no município.

   O secretário executivo de Proteção e Defesa Civil de Lages, Jean Felipe Silva de Souza, afirma que receberam reclamações do gerente do aeroporto, de um comandante de companhia aérea e do helicóptero Águia, utilizado pela Polícia Militar, de que os voos de parapente estavam atrapalhando os pousos e decolagens na região. A instalação de uma placa  determinando a proibição dos voos livres aconteceu em fevereiro deste ano na principal rampa da cidade, no Morro da Cruz.

   — Fomos lá e interditamos, até porque não tem rampa homologada para a prática de parapente, e oferecia risco, então coube a Defesa Civil interditar — afirma Souza.

   A proibição da prática de voo livre foi baseada em parecer técnico número 67613038961 emitido pelo Comando da Aeronáutica (COMAER).

   Marcos Arruda, integrante do Clube Serrano de Voo Livre e que voa há 14 anos no município, afirma que a prática acontece há cerca de 26 anos no Morro da Cruz. Ele diz que há 15 dias enviaram um pedido de homologação da rampa e delimitação de área de voo para o Segundo Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle do Tráfego Aéreo (Cindacta II).

   — O aeroporto fica de leste a oeste e essa rampa fica a cinco quilômetros de distância e na outra direção. O pessoal não diferencia muito o paramotor do parapente. Começaram a comprar o paramotor e a voar em cima do aeroporto e acabou causando transtorno para nós — afirma Arruda, que acrescenta que são cerca de 30 pilotos cadastrados no clube.

   Ele lembra que tem dois atletas do clube que estão liderando três categorias do esporte no estadual e não têm área de treino:

   — Eles têm que sair da cidade para voar e isso impacta bastante. Além disso, é uma possibilidade de trazer turismo para a região e fazer eventos — defende.

    O Cindacta II ainda não respondeu sobre o assunto. O Processo ainda está em andamento.



Quatro Aeroportos do Brasil já foram leiloados

Os Aeroportos de Fortaleza, Porto Alegre, Florianópolis e Salvador

   Três empresas estrangeiros vão assumir as concessões dos quatro Aeroportos leiloados. O governo arrecadou R$ 3,72 bilhões com a concessão dos terminais de Porto Alegre, Salvador, Fortaleza e Florianópolis.

   O investimento mínimo projetado para os quatro aeroportos juntos é de R$ 6,61 bilhões durante o prazo de concessão, que será de 30 anos (prorrogável por mais 5) , com exceção do aeroporto de Porto Alegre, cujo prazo é de 25 anos (prorrogável por mais 5).

   A disputa foi marcada pela participação exclusiva de empresas estrangeiros, que já administram grandes aeroportos no mundo. Nos leilões anteriores, as construtoras brasileiras foram as protagonistas e levaram os contratos. Os administradores de aeroportos estrangeiros tinham parcelas minoritárias - Guarulhos, por exemplo, foi vendido para um consórcio com 90% de participação da Invepar e apenas 10% da ACSA e Viracopos era liderado pela UTC e Triunfo e a administradora tinha 10% de participação.

Veja quem foram os vencedores da 4ª rodada dos leilões de aeroportos:




   A operadora alemã Fraport venceu a disputa pelos aeroportos de Fortaleza e Porto Alegre. Ela administra aeroportos em todos os continentes: cinco na Europa - sendo um deles o de Frankfurt, um dos mais modernos do mundo -, cinco na Ásia, dois na África e um na América Latina. Eles registram tráfego anual de mais de 99 milhões de passageiros.

   Em 2013, a empresa disse que considerava adquirir participações em diversos aeroportos, inclusive terminais no Brasil, mas não conseguiu arrematar a concessão de nenhum aeroporto brasileiro no leilão feito no final daquele ano.




   A Flughafen Zürich AG arrematou o aeroporto de Florianópolis. A empresa administra o maior aeroporto da Suíça, em Zurique, e registra circulação de 25 milhões de passageiros por ano, com quase 270 mil voos ao ano e 400 mil toneladas de carga transportada. Em 2012, disputou com o grupo CCR a concessão dos aeroportos de Guarulhos, Viracopos e Brasília, mas não levou nenhum projeto.

   Em 2013, o aeroporto de Confins foi arrematado por um consórcio formado pelas empresas Companhia de Participações em Concessões CPC, que é controlada pela CCR (75%), Zurich Airport International AG (24%) e Munich Airport International Beteiligungs GMBH (1%).




   Um dos maiores grupos de construção e concessões da Europa, o francês Vinci foi o vencedor do leilão do aeroporto de Salvador. A operadora chegou a avaliar a aquisição da fatia da OAS na Invepar, dona da concessão. O grupo vem buscando oportunidades para crescer em concessões de aeroportos no Brasil e na Indonésia.

   O grupo já está presente no Brasil há pouco mais de dois anos por meio do braço de energia - a Vinci Energies, baseada no Rio de Janeiro. A filial opera com as marcas Omexom (que atua na área soluções para geração, transmissão, transformação e distribuição de energia) e Actemium (de soluções para o mercado industrial e de infraestrutura). As empresas atuam nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Bahia e Pernambuco.

   A companhia, que opera atualmente 35 aeroportos no mundo, também está de olho em oportunidades na Indonésia e na Índia, onde vai enviar nas próximas semanas uma oferta para a construção de novo aeroporto de Mumbai.

   A Vinci tem avançado em concessões de mercados de expansão mais acelerada e mais lucrativos, como aeroportos e rodovias fora da França, bem como em acordos de engenharia em energia, como forma de responder à fraqueza do mercado doméstico.



Comunicação por texto entre Pilotos e Controladores Aéreos

Comunicação por texto entre os Controladores Aéreo começa a se difundir

   A tecnologia da comunicação digitalizada Data Comm de próxima geração, entre os Centros de Controle do Tráfego Aéreo (ATC) está ajudando a “dar apoio à segurança de voo e reduzir atrasos nas partidas de aeronaves” no Miami International Airport, conforme relatórios do Federal Aviation Administration (FAA).

   A nova tecnologia complementa a comunicação por voz ao permitir tanto aos controladores como aos pilotos, transmitir e receber informações importantes como liberações de operação, frequências, revisão de planos de voo e avisos, via mensagens de texto ao “toque de um botão”. Uma prática mais que conhecida e utilizada por milhares de usuários de celulares, mundo afora (texting).

   Para a FAA, Data Comm ajuda a manter as aeronaves em sua posição exata “na fila de espera para a decolagem” e, inclusive, passar à frente das outras, conforme determinação do ATC. A nova modalidade de comunicação elimina virtualmente os erros cometidos pela repetição exaustiva das mensagens de voz.

   Com a adesão do ATC no Miami International, chega a 55 o número de Torres de Controle de aeroportos que operam com o Data Comm.

   A Harris Corp. que conquistou o contrato do FAA para o programa Data Comm, afirma que 23.000 voos diários já se utilizam da nova tecnologia.