Governo prepara o leilão de mais dez aeroportos

Novo modelo prevê a venda de aeroportos

   O Governo Federal após uma série de atrasos e cancelamentos conseguiu estruturar a lista com os novos aeroportos que serão leiloados, na nova rodada de privatizações. Após a mudança na presidência, as regras sofreram algumas alterações e incluem mais dez aeroportos (Curitiba, Recife, Belém, Vitória, Goiânia, Cuiabá, Manaus, Maceió, São Luís e Foz do Iguaçu), que serão leiloados após a primeira rodada que inclui Fortaleza, Salvador, Porto Alegre e Florianópolis. A previsão do governo é fechar a rodada de leilões no segundo semestre de 2017.

   No entanto, ao contrário das iniciativas anteriores, a venda dos novos aeroportos será em blocos.
Quem arrematar um aeroporto central deverá levar até três aeroportos secundários e de baixa rentabilidade. Entre os aeroportos que podem ser leiloados nesses blocos estão Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, Pampulha na região central de Belo Horizonte, e Juiz de Fora. O objetivo é evitar que aeroportos com baixo volume de tráfego fique com o Estado, que deverá destinar importantes recursos para a manutenção do sistema numa época de baixo fluxo de caixa e cortes consideráveis no orçamento.

   A Infraero ainda deverá passar por uma série de analises, sem um futuro definido. Interlocutores no Planalto afirmam que a empresa provavelmente será transformada numa holding, com a criação de uma subsidiária de capital aberto, que terá como principais ativos os aeroportos de Congonhas e Santos Dumont, assim como aeroportos médios, mas sem interesse imediato de venda por parte do governo. Além disso, entre suas atividades estará o controle de tráfego aéreo. A redução no tamanho da estatal visa torna-la mais rentável ao mesmo tempo que permitirá uma melhor gestão dos recursos e ativos. A rede da Infraero até a venda dos aeroportos de Guarulhos, Brasília e Viracopos, reunia aeroportos com movimento inferior aos 50 mil passageiros ao ano, a outros com que movimentavam mais de 20 milhões de passageiros.

   Atualmente sem seus principais aeroportos, a Infraero se tornou deficitária e uma redução nos ativos pode ajustar o fluxo de caixa e a gestão da estatal.


Aeroporto do Rio de Janeiro - Santos Dumont



Aeroporto de São Paulo - Congonhas




China, EUA e Europa prometem pacto sobre emissões de carbono na aviação

China, EUA e Europa prometem pacto sobre emissões de carbono na aviação

   China, Estados Unidos e Europa prometeram apoiar, neste sábado, um novo acordo para reduzir a emissão de dióxido de carbono por companhias aéreas, que está previsto para ser finalizado em uma reunião da Organização Internacional de Aviação Civil (ICAO, na sigla em inglês), da ONU, em setembro, e deve entrar em ação a partir de 2021.

   A aviação foi excluída do acordo de clima de dezembro passado, em Paris, quando os países concordaram em limitar o acréscimo médio global de temperatura para "bem menos" de dois graus Celsius acima dos níveis pré-industriais.

   O novo acordo proposto para a aviação, cujo objetivo é limitar a poluição do carbono de todos os voos internacionais nos níveis de 2020, será voluntário entre 2021 e 2026 e obrigatório a partir de 2027 para os maiores emissores do mundo.

   As companhias aéreas dos países participantes precisarão limitar suas emissões ou compensá-las comprando créditos de carbono de projetos ambientais designados ao redor do mundo.

   A ICAO estima que a compensação de carbono pode custar às operadoras entre 0,2 por cento e 0,6 por cento do total de receitas da aviação internacional a partir de 2025, e de 0,5 por cento a 1,4 por cento depois de 2035.






   "Hoje, os Estados Unidos e a China expressam o apoio para que a assembleia da ICAO chegue a um consenso sobre essa medida", disseram os países em um comunicado conjunto, neste sábado.

   O comunicado, emitido antes da reunião do G20 na cidade chinesa de Hangzhou, informou que os dois países "esperam, voluntariamente, ser os participantes iniciais da medida".

   Em um comunicado separado, a Conferência Europeia de Aviação Civil (ECAC, na sigla em inglês), um grupo da União Europeia e outros 16 países, disse que se juntará ao plano desde o começo e pediu que todas as outras grandes companhias façam o mesmo.