Como as Torres de Controle brasileiras garantem a segurança

Entre pousos e decolagens


   As Torres de Controle de Aeródromo (TWR) são responsáveis por coordenar as operações em solo e nos arredores dos aeroportos, desempenhando um papel fundamental na segurança, coordenação e eficiência das operações aéreas. No Brasil, 57 aeroportos possuem Torres de Controle operadas pela Força Aérea Brasileira (FAB), por meio do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA).




Quais são as principais responsabilidades das Torres de Controle?

   As Torres de Controle são responsáveis pelo controle das aeronaves nas fases de decolagem, pouso, táxi e estacionamento, incluindo voos nos circuitos de tráfego e o acesso de viaturas e pessoas nas pistas e nos pátios. As tarefas de uma Torre são organizadas em diferentes posições, com destaque para a Posição Solo, que gerencia a movimentação de aeronaves no pátio durante o táxi; e a Posição Controle Torre, responsável pelo espaço aéreo na vizinhança do aeroporto, sobretudo na coordenação e sequenciamento das aeronaves nas operações de pouso e decolagem.




Como a comunicação entre a Torre de Controle e os pilotos garante a segurança?

   A comunicação entre a Torre de Controle e os pilotos é decisiva para garantir a segurança nos aeroportos. Utilizando radiofrequências dedicadas, os controladores fornecem informações essenciais, como autorizações para decolagem e pouso, condições meteorológicas e instruções de tráfego, entre outras informações de segurança que se fizerem necessárias no trânsito das aeronaves pelo aeroporto, no pouso e na decolagem.

   As autorizações de decolagem, pouso e taxiamento são concedidas com base em um conjunto abrangente de práticas e medidas que priorizam a segurança operacional. Procedimentos padronizados, sistemas automatizados e fraseologia única, para os quais pilotos e controladores foram treinados, contribuem para a eficácia dessa comunicação.




Quais são as tecnologias que auxiliam na segurança das operações aeroportuárias?

   Os sistemas automatizados também auxiliam no monitoramento do tráfego aéreo. A incorporação de novas tecnologias de gerenciamento de tráfego aéreo, como o Controle Total da Informação de Tráfego Aéreo (TATIC), o DCL (Autorização de Tráfego via Enlace de Dados) e o radar de solo, permitem otimizar as operações com segurança.

   O uso de tecnologia de ponta, a capacitação especializada, os procedimentos padronizados, as práticas rigorosas de comunicação e o monitoramento constante são pilares fundamentais que sustentam a abordagem da FAB para garantir a segurança nas operações aeroportuárias.

   Algumas curiosidades sobre as Torres de Controle brasileiras:

  • A primeira Torre de Controle do Brasil foi inaugurada em 1923, no Aeroporto Campo dos Afonsos, no Rio de Janeiro.
  • A Torre de Controle mais alta do Brasil está localizada no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, com 70 metros de altura.
  • A Torre de Controle mais movimentada do Brasil está localizada no Aeroporto Internacional de São Paulo/Guarulhos, com cerca de 40 mil operações aéreas por mês.
  • Considerações finais




   As Torres de Controle são essenciais para a segurança e a eficiência das operações aéreas. A FAB, por meio do DECEA, investe constantemente em recursos humanos, tecnologia e infraestrutura para garantir que as Torres de Controle brasileiras estejam sempre atualizadas e preparadas para enfrentar os desafios do futuro.